Infinitude

Queria cair no seu colo.
Sentar em você. Na sua perna, nos seus quadris, na sua cara.
Enroscar meus pés nos seus ombros.
Perder minha dignidade com você.
Te ligar hoje pra te ver quinta. E esperar virar sexta enquanto você entra e sai de mim.
Ensopar cama, escorrer pelas pernas, pela língua, pelos seus dedos. Encarar seus olhos verdes enquanto você toma banho me dizendo em silêncio, que quer mais (e vai ter).


Queria te mandar uma mensagem falando da minha bunda.
Queria te mostrar todas as calcinhas novas que eu comprei, enquanto você as tira com a boca.
E entre uma pausa e outra, tomar um drink contando do meu dia, perguntar do seu, dizer que pensei ás vezes em você, dizer que até senti saudades de te beijar. Porque porra, a gente encaixa.

Sei que você esta do outro lado do seu oportunismo esperando que eu fale.
A questão é que meu hedonismo parece ter sido superado pelo seu poder de condução (mesmo com a sua falta de documento).

Acho, que eu queria ter um relacionamento com você. Não desses sérios, com rotina, peso e expectativas de futuro sólido só um daqueles com sexo toda a semana. Era isso. Sexo com você toda semana. Pronto.

Mas isso é o que eu queria, o que eu quero mesmo é o que é o bom pra mim. E você, com certeza, não é. Não é uma opção, não pode ser um meio e não cabe ser um destino. Portanto você não é nada.

Não pode. Não dá. Não tem. Não vou.

Somos então nada juntos.

É isso que é: somos nada.

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