E o vento...

E o vento como um dia de férias, te levou mais rápido do que o feriado na praia.
Meu coração apertado se desfez em laços quando olhei seus olhos pela primeira vez.
E me pergunto desde então, sempre que posso -Ainda pertenço a mim mesmo depois de tudo isso?

De que tamanho sou exatamente? O quanto isso é importante?
Minha mania de quantificar se faz ineficaz diante das tuas certezas.

Espero que isso seja um sonho, mais que isso, um devaneio bobo. Assim posso voltar a quantificar minha vida e será tudo tão mais fácil.
Posto que esperei tanto ser salva, e terminei por descobrir que apenas eu posso salvar a mim mesma.

Meu coração já não é mais pesado como era. Espero que você me reconheça depois de tanto tempo...Todos esses anos entre nós... Não sei bem se nos separam ou nos unem. Mas que diferença isso faz hoje, não é mesmo?

Preciso parar de escrever pra você. Mas não quero. Afinal à quem isso prejudica?  Apenas eu e você lemos isso.
Depois de tanto tempo.

Meu sorriso esta mais leve, queria que você soubesse que melhorei. Acredito que estou melhor.
Queria usar uma seta de neon pra você me reconhecer na rua quando passar por mim.. Mas não posso. Só toda aquela coisa boa, sabe? Posso mesmo é torcer pra que dê. Que ainda dê papo. Que ainda dê liga. Que ainda seja a diferença. Que eu não me lembro muito bem, confesso, mas torço para que seja tão bom quanto  eu acho que era.

Me confundo muito pensando sobre isso, não consegui concluir ainda se já foi. Se será e vai ser de novo, ouse nunca foi e é pra ser, ou se foi sem nunca ter sido e agora será.
De que isso importa afinal?

Se nada, não serve para/de/com nada.

O que eu faço?

Eu sento e espero?

Eu levanto e vivo.
Eu vou em frente.

Que escolha eu tenho?
A  outra.

E eu consigo?

Eu tento.
Eu devo isso à mim, à ele, à todos, à vida.

Mas eu estou cansada. Muito cansada de tentar dever algo à alguém. E de dever mesmo estou mais cansada.

Queria ir direto, mas escolhi as curvas.

Da beleza escolhi o mínimo.
D vida escolhi em frente.

E me cansei de caçar. E me cansei da ideia de procurar por você por toda a vida.

Nossa eternidade, sempre durou a vida inteira mas de pronto hoje já não sei quanto dura a vida e já nem sei onde você esta.

Espero, que me espero depois do vinte e três. Dos meus e seus.

Espero que isso não seja pecado, errado ou tenha prejudicado.

Espero que o cigano cuide de você até eu chegar.

Minha cabeça fica tonta quando penso nisso. E aí que torço pra você seja só o vendo. E secretamente torço mais para que não seja.

Esperar demais eu sei que é pecado e mais que desperdício.

Eu só desejo o tamanho da felicidade e levo um pé de cada vez, que é pra não fazer falta para o que ficou pra trás.

Espero só uma coisa, na verdade sim, apenas uma coisa. Estar lá quando você abrir a porta, se realmente tivermos uma porta para ser aberta.

Sabe como é, você me conhece, ou acha que conhece, porque eu acho que conhece, é importante lembrar que eu adoro cavalos mas tenho medo deles.

A fascinação na voz do om, mora dentro da minha esperança. Volta antes da madrugada, não devo abrir a porta depois da meia noite, cheguei faltando nove minutos para o nosso horário.
Eu não ligo para deveres.
Eu ligo para primavera.

Já te disse que adoro a primavera? Esse também é meu telefone.

Não espero, te ligo.




Abraço meu, Grande abraço esse.

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