Segurança.

E aí então você decide que o melhor a fazer é reconstruir a sua vida. 
Dessa vez você resolveu levar a sério a política do " ano novo, vida nova".
Decide que quer fazer o que quer, decide que me quer.
Ressurge brilhantemente (ou não) no natal, mas logo no natal?
Mas que diabos?! Isso não é justo.
Essa é aquela data em que ficamos mais babões que de costume por família, união, laços e amor.
É aquela época em que a ideia de casamento assusta menos. E os casais ficam mais mais casais, não como no dias dos namorados em que eles ficam melosos, eles ficam mais casais de um jeito mais inteiros. Com mais companheirismo e mais felicidade.
E eu que (estava) estou aqui toda forte, toda cheia de mim fiquei muda.
Você tem noção da porcaria do tamanho do trabalho que dá, pra me emudecer?
Acho que não... Na verdade você tem sim.
A ideia de fazer isso me faz querer vomitar, mas a ideia de não fazer me faz ter raiva de mim.

Talvez nos tornemos amigos e nada mais. Lembra da última vez em que nos vimos? Aquilo facilita e muito as coisas. Vamos fazer assim, vamos ser amigos. Vamos rir do passado.
Vamos plantar companheirismo e ignorar todo o resto. E quando eu digo todo o resto me refiro à quase tudo. Vou fazer uma lista do que nos remete a vida como casal, você assina as duas vias, guarda uma e me envia a outra. É bom que os dois tenham uma cópia caso um de nós queira fraquejar.
Eu vou dar conta de mim agora e de nada mais, só isso, tudo isso.
Acaba assim pra mim.

Nem sei se posso, mas também não sei se tenho escolha.
Quero dizer escolha sempre temos, mas tem essa p*rra de consciência que nos cobra quando não seguimos nosso coração - isso chama culpa e eu odeio sentir culpa, por isso tenho uma política que apresenta quase 100% de eficiência, aquela do "no regrets".
Só parece que agora ela me deixou de mãos atadas, essa traidora. Mas eu vou dar um jeito, sempre dou...

Tenho que relaxar, é difícil saber que as coisas não estão sobre meu controle.

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