I don't care (?)

Eu não sirvo.

Eu não sirvo pra vocês. Eu não sirvo pra mim e nem pra nada disso. Acredito que esta seja a razão de eu sempre ir embora antes do fim.
Confio tanto no meu senso de saber. Acredito tanto que posso prever vocês e à mim mesma, que prefiro terminar a história antes do fim trágico. Prefiro sair antes que a festa acabe e me zangar antes que passe raiva e me doer antes que veja a tristeza.
Gosto de me antecipar.
Sou imediatista.
Sou compulsivamente detalhista. Às vezes me perco lendo detalhes, esqueço da história. Deve ser por isso que gosto de renda.
E às vezes sou tão fria e tão direta, que me perco de forma mais ridícula ignorando tudo. Então termino tendenciosa não direta.

Patética, na plenitude da palavra. Sentimentalmente manca. E isso lá é possível? Mas claro que sim, a dedicação parcial baseada em uma mania de saberes gera alguém que por acreditar prever no futura uma queda, anda sem firmeza crente que isso irá amenizar a iminente queda. Que diabos de caminhada eu estou fazendo?

Eu nem sei se estou realmente caminhando.
Eu quero achar uma jeito de fazer diferente. Eu vou achar um jeito de fazer melhor. Eu não quero me afundar em facilidades pra ignorar os meus problemas, isso seria fácil demais. E o fácil é particularmente chato quando se trata da vida.
Não me olhe assim, eu gosto de facilidades como todo o bom humano. A rede pendurada na varanda, 29°C, uma brisa leve, uma cerveja gelada na mão, claro que sim. Mas estou me referindo aos momentos mais particulares, aos mais emocionais. Àqueles que nos marcam justamente por sua carga emocional e sua competência ou descompetência ao lidar com eles.



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